Os dias estão mais curtos. Estou naquele momento em que quando o sol se põe penso sempre que é mais tarde do que efectivamente é.
As marés vivas de Agosto começam a chegar, o mar muda de cor, as ondas de forma e, coincidência ou não a 2ª feira começou com uma brisa que se transforma num vento fresco que confesso que já tinha algumas saudades.
Assim, comecei anteontem a despedir-me do verão. Tive o que foi para mim o último grande fim de semana de verão e celebrei-o como tal. O auge. Agora é sempre a descer.
Claro que ainda haverão dias de calor, praia e mar e noites quentes para me perder. Mas serão dias curtos e diferentes e noites que apesar de serem mais longas não tornarão a noite mais longa.
Mas as minhas despedidas do verão são lentas e a saborear. Despeço-me lentamente do verão como se despedem lentamente aquelas paixões de férias de verão que têm um fim anunciado que se apróxima sempre mais depressa do que os apaixonados querem.
É a maneira que encontrei de lidar bem com isto até começar a chegar a vontade de Inverno.
M.