sábado, 27 de julho de 2013

Daqui a pouco

Chego a Portugal.
Estou no aeroporto de Colonha (não sei se isto se escreve assim) a fazer tempo para o meu vôo.
Passei parte da manhã no estranho, pequeno e quente aeroporto de Split, com um atraso de 40 minutos do meu vôo e uma data de camonesdeitados em cada cm2 possível do chão.

Em Vis arranjaram-me um quarto no outro lado da baía mesmo em cima do mar. Dei incontáveis mergulhos sempre que me apeteceu. Deixei o quarto-sala da sr-ª idosa viuva de um Capitão da Marinha que canta no coro. Já me fazia panquecas e ficou com pena que eu fosse. Paguei a totalidade dos dias que tinhamos acordado. Deixei a ela e à Svletelana vasos com flores como forma de agradecimento. À Svletelana deixei ainda 100 kn que me valeram um piparote na testa como forma de protesto.
Emprestaram-me um VW de 1990 de côr amarela para ir a Komiza e dar umas voltas. Cozinharam para mim no último dia numa saboroso almoço sobre um terraço de sombra sobre o mar.

3ª feira voltei para Split para estar num certo estado de prontidão e partir a qualquer momento. O dinheiro começa a acabar e estava mesmo a precisar de ter esta proposta concretizada ou em alternativa definir novos rumos.
No dia que cheguei  a Split levaram-me ao concerto de Roger Waters e the wall. Se fosse em Lisboa não sei se iria. sou um bocado preguiçoso nestas coisas. No fim do concerto recebo a msg do Luís S. a confirmar que as coisas iam mesmo para a frente e que a compra do barco foi efectuada. Vou ser skipper.
Arranjaram -me outro quarto, limpo e simpático para dormir. Fiz amigos, conheci amigos e familia de amigos e trocaram-se contactos para um encontro futuro

Fui muito bem tratado na Croácia e dificilmente me esquecerei destas semanas que passaram. Saí de Portugal há cerca de um mês.
Se os próximos mêses correrem como este correu não me posso queixar.

E começo a ganhar consciência que daqui a uns dias estou a arrancar para o panamá.
A mala está mentalmente feita. É só chegar a casa, tirar coisas superfulas como um saco cama e um casaco polar que duvida que façam falta nas caraíbas, decidir se levo a mochila de montanha ou continuo a arrastar esta espécie de caixão com rodas de um lado para o outro.

M.